Ponto de Vista de Apolo
O silêncio da sala só era cortado pelo estalar suave da lareira. O calor do fogo tingia a pele dela de dourado, e eu não conseguia tirar os olhos de Mara. Cada curva do corpo dela parecia ter sido moldada para mim… para nós. O suor ainda brilhava em sua pele, e quando ela fechou os olhos e respirou fundo, eu soube: ela estava começando a sentir o que sempre sentimos.
O laço.
Meus instintos urravam dentro de mim. Eu a queria de novo, mas não como antes. Não com a selvageria da fome insaciável que nos consumira. Agora, eu queria saboreá-la. Reverenciá-la.
Arthur percebeu isso também. O olhar dele encontrou o meu por cima do ombro dela. Nós não precisávamos de palavras. Ele sabia o que eu queria, porque era o mesmo que ele queria.
Me inclinei, roçando meus lábios devagar contra os dela, sentindo o gosto doce misturado ao sal de nossa entrega anterior. Ela suspirou contra minha boca, rendida, e meu coração disparou como se quisesse explodir.
Eu a deitei de costas s