Ponto de Vista de Mara
Eu estava sufocando. Era como se o ar dentro daquele quarto não fosse suficiente para me manter viva. Um vazio me corroía por dentro, uma mistura de raiva, medo e desejo. Meu corpo queimava, mas a cama estava fria, gelada, sem vida. Quanto mais eu me virava, mais eu sentia a falta deles.
Arthur. Apolo.
Fecho os olhos e mordo os lábios. Tento convencer a mim mesma de que não preciso deles. Tento acreditar que posso resistir, mas a verdade é que eu já não sou mais dona do meu próprio corpo. Eles me completam, me consomem, me enlouquecem.
Levanto-me com um suspiro pesado. Pego a camisa de Arthur, larga, que ainda guarda o cheiro dele misturado ao suor e à pele quente. Visto-a por cima da pele nua e deixo que o tecido roce em minhas coxas, arrepiando-me. A cada passo até a porta, meu coração bate mais rápido.
Um desejo que não sei explicar toma conta do meu corpo, talvez eu tenha enlouquecido ou só uma mulher desperta por sexo.
Desço as escadas em silêncio. A mans