Na manhã seguinte

Acordei com uma sensação estranha de calor e peso. Me mexi devagar e percebi que o corpo de Apolo estava colado ao meu, quente, sua respiração calma batendo contra a minha nuca. Arthur, sentado ao lado da cama, me observava com um olhar tão intenso que meu coração deu um salto dentro do peito.

Pisquei algumas vezes, confusa, e olhei ao redor. O quarto estava levemente iluminado pela luz que atravessava as cortinas. A lareira apagada deixava apenas vestígios de brasas, e as roupas espalhadas pelo chão denunciavam a noite anterior.

— Como… como eu cheguei aqui? — perguntei baixinho, ainda atordoada. — Achei que nós estávamos na sala…

Arthur sorriu. Um sorriso lindo, largo, que deixou covinhas discretas em seu rosto e me fez esquecer por alguns segundos a própria respiração. Ele se aproximou mais, estendendo a mão e afastando uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Nós te trouxemos, docinho — respondeu, a voz grave e suave ao mesmo tempo, soando como uma carícia. — Você adormeceu, e eu não q
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