Me viro para os dois, o coração ainda acelerado com tudo que aconteceu nos últimos dias. O peso da minha respiração denuncia o quanto estou cansada, mas mesmo assim encontro forças para erguer o queixo e encarar aqueles olhares intensos.
— Me deixem ir embora… — minha voz treme, mas não recuo. — Eu não posso ficar aqui. Este não é o meu lugar.
As palavras saem afiadas como lâminas, cortando o silêncio do quarto. O ar parece congelar entre nós. Arthur abaixa os olhos, e nele eu vejo algo que me fere mais do que qualquer corrente: tristeza. Ele não fala nada, apenas me observa como se quisesse encontrar em mim uma centelha de esperança que eu não posso dar.
Já Apolo é diferente. Ele explode. O punho dele encontra a parede com tanta força que o estalo ecoa pelo quarto, fazendo poeira cair do teto. Seus olhos ardem de raiva, e sua voz é um trovão que faz meu corpo estremecer.
— VOCÊ É NOSSA COMPANHEIRA! — ele grita. — E AQUI É O SEU LUGAR!
A fúria dele me faz dar um passo para trás. Me si