Paolo e Laerte ouviram o disparo. O instinto falou antes da razão: revidaram de imediato. Eram dois homens, seguranças de um dos gerentes que ainda mantinham em cativeiro.
Glauco fechou os olhos, absorvendo o choque seco do impacto no corpo. O ar lhe faltou por um segundo. Estava sobre Henrico, que se virou assustado, puxando-o com força e o ajudando a chegar até o carro.
A porta foi aberta às pressas. Glauco caiu no banco, arfando, mas não largou a arma, apontou-a pela janela, pronto para disparar.
Henrico tomou o volante, mãos firmes, arrancando com um solavanco.
Do outro lado, os homens de Glauco cobriam Paolo e Laerte, que tinham visto o amigo ser atingido. A cabeça de ambos fervia, adrenalina e raiva misturadas em doses perigosas.
Na rua, civis se jogavam atrás de muros, vitrines e carros estacionados. Funcionários do hotel se escondiam sob mesas e atrás de balcões, aterrorizados. O caos tinha rosto, e durou menos que um sopro.
Laerte alvejou um dos seguranças; o corpo tombou sem