230- " Sem ser rastreado."

A tensão aumentava conforme as horas avançavam. O saguão ficou mais vazio; vozes e rodinhas de malas soavam distantes. Glauco olhou para o relógio: faltava pouco para as oito. Fez um sinal curto para Laerte. Os dois subiram no elevador e foram até o quarto onde Henrico monitorava as telas.

Henrico estava cercado por luz azul de quatro monitores. Dois técnicos segundo-olho ao lado, telefonemas e mensagens cruzando a tela. Paolo chegara um pouco antes; tivera tempo apenas de tomar banho e ajustar o terno. Havia um silêncio pesado quando Glauco entrou.

— Pegando-os o que vamos fazer com eles? Vamos levá-los para Granada?

— Não. Henrico respondeu, sem tirar os olhos das imagens. — Vamos matá-los.

A frase cortou o ar. Glauco aproximou-se, inquieto.

— Como assim? Perguntou. — Iamaos pegar os dados, entrega-los, à sua agência…

— Não precisamos. Henrico interrompeu, frio. — Eu já tenho tudo. Entrei nos sistemas deles enquanto acessavam por aqui. Em meia hora estará tudo pronto: o dinheiro pu
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