A tensão aumentava conforme as horas avançavam. O saguão ficou mais vazio; vozes e rodinhas de malas soavam distantes. Glauco olhou para o relógio: faltava pouco para as oito. Fez um sinal curto para Laerte. Os dois subiram no elevador e foram até o quarto onde Henrico monitorava as telas.
Henrico estava cercado por luz azul de quatro monitores. Dois técnicos segundo-olho ao lado, telefonemas e mensagens cruzando a tela. Paolo chegara um pouco antes; tivera tempo apenas de tomar banho e ajustar o terno. Havia um silêncio pesado quando Glauco entrou.
— Pegando-os o que vamos fazer com eles? Vamos levá-los para Granada?
— Não. Henrico respondeu, sem tirar os olhos das imagens. — Vamos matá-los.
A frase cortou o ar. Glauco aproximou-se, inquieto.
— Como assim? Perguntou. — Iamaos pegar os dados, entrega-los, à sua agência…
— Não precisamos. Henrico interrompeu, frio. — Eu já tenho tudo. Entrei nos sistemas deles enquanto acessavam por aqui. Em meia hora estará tudo pronto: o dinheiro pu