52. Jenevive e Arpid.
As crianças estavam piorando. Três delas haviam desmaiado durante a madrugada, e mesmo os feitiços de restauração que eu antes dominava com facilidade agora pareciam fracos, ineficazes. Algo drenava a energia vital da cidade como um lençol sugando o calor do corpo de alguém febril. E a única pessoa que me vinha à mente, que talvez pudesse entender o que estava acontecendo, era Arpid.
A Torre do mago se erguia silenciosa no coração de Altheya. Majestosa e isolada, parecia alheia ao caos sutil que tomava forma ao seu redor. Quando atravessei os portões e comecei a subir a longa escadaria em espiral, senti a familiar pressão mágica que protegia aquele lugar. Era como se a própria pedra sussurrasse segredos antigos, e meus passos ecoassem não apenas no tempo, mas na própria essência da magia.
Fui recebida por um dos aprendizes de Arpid, um jovem de túnica azul escura, que me lançou um olhar curioso — e ligeiramente preocupado — antes de me conduzir por corredores silenciosos até uma s