O grande salão de Melaria fora transformado para acolher não apenas um casamento, mas a união de dois povos, duas linhagens antigas e, sobretudo, dois corações que atravessaram mundos e perigos até chegarem ali.
As raízes vivas das árvores élficas formavam arcos naturais cobertos de flores silvestres e penas brancas e prateadas, trazidas especialmente de Altheya — a cidade das harpias, terra natal de Kaelara. Tecidos translúcidos flutuavam do teto abobadado, como névoas suaves, embalados pela brisa fresca que soprava pelas janelas abertas.
A luz dourada da manhã filtrava-se pelas abóbadas de vidro esverdeado, tingindo o salão com tons de esperança, eternidade e renascimento.
Kaelara parou à entrada do corredor central, sentindo o coração acelerar. O vestido que usava era uma ode à sua origem: leve, fluido, com detalhes de plumas que evocavam a liberdade de sua espécie, e bordados finos em tons de azul e prata, representando as