Reuni meus irmãos na varanda de trás, sob a sombra de um carvalho. As folhas balançavam levemente com a brisa da manhã, e o som distante da cidade dava a impressão de que tudo seguia como sempre. Mas eu sabíamos que não.

Bruce encostou-se ao tronco da árvore, os braços cruzados, já suspeitando que algo sério viria. Annya, ainda com vestes de dormir e os cabelos desgrenhados, se sentou com as pernas cruzadas, esfregando os olhos. Eu os observei por um instante, tentando achar as palavras certas.

— Eu preciso falar algo sério com vocês. Mas não pode sair daqui!— comecei, minha voz mais firme do que eu esperava.

Bruce ergueu uma sobrancelha.

— A conversa nem começou e já não tô gostando do rumo que está tomando.— murmurou.

Annya franziu o cenho, agora atenta.

— Isso tem a ver com o colar? E com o evento daquele dia?

Annya estava presente quando recebi o colar daquela mulher. Não adiantava esconder muita coisa dela.

— Sim e não — respondi.

Bruce descruzou os braços e se aproximou