O caminho de volta parecia menos uma travessia e mais um renascimento.
Saímos do Templo de Velyr com passos silenciosos, como se os ecos do que havíamos enfrentado ainda reverberassem sob a pele e na alma. As árvores antigas, que antes se dobravam como espectros, agora nos deixavam passar, erguendo os galhos para o céu limpo e claro, como numa saudação silenciosa.
O ar… era puro.
O mundo… estava intacto.
O sol aquecia nossas costas enquanto descíamos o vale. O templo, agora verdadeiramente esquecido e selado, desaparecia atrás das muralhas de pedra e musgo, devolvido ao tempo.
Leriam caminhava à frente, com o compasso quebrado preso ao cinto — não precisava mais dele. Altharis, silenciosa, observava a lâmina gasta que sobrevivera à última batalha, e mesmo Noctis, ao meu lado, parecia outro: os olhos ainda guardavam a gravidade de quem enfrentou o fim, mas o sorriso… estava ali.