A noite de Roma era um fantasma que se arrastava sobre a cidade, densa e carregada de promessas de sangue. O motor do carro ronronava enquanto atravessávamos as ruas estreitas, cada cruzamento trazendo uma nova sombra, um novo olhar furtivo que eu ignorava. Meu mundo já não era feito de luz.
Matia estava ao meu lado, o olhar fixo na estrada. Atrás de nós, outros três carros seguiam como predadores na escuridão. Meus homens estavam prontos. Todos sabiam o que estava em jogo.
Eu sabia o que estava em jogo.
Elena.
Minha mandíbula estava travada desde que deixamos a mansão Marcheti. O ódio dentro de mim não era uma chama. Era um incêndio. Um veneno queimando meu sangue, me impulsionando adiante sem espaço para dúvidas ou hesitação.
Matteo havia cometido um erro. Ele achava que podia me ferir. Achava que podia tocar nela e sobreviver para contar a história.
Ele estava errado.
— Quanto tempo até chegarmos ao local? — perguntei, minha voz áspera como lâmina contra pedra.
— Dois minutos — Mat