Os dias que seguem são diferentes. Leo não força, não cobra explicações, não promete coisas vazias. Ele simplesmente está. Presente. Constante. E, pouco a pouco, isso começa a quebrar as paredes que ergui em volta do meu coração.
Hoje, no fim do expediente, Felícia aparece com um sorriso malicioso, colocando minha bolsa nas minhas mãos.
— Seu turno terminou, Lucy — ela diz, tentando soar casual. — E o chefe mandou você esperar no estacionamento.
Franzo a testa, desconfiada.
— Mandou?
Ela dá de ombros, piscando de um jeito brincalhão.
— Mandou. E disse para você confiar.
Meu coração acelera de imediato, como se soubesse que algo está para mudar. Saio da boate com passos hesitantes, sentindo minhas mãos suadas de nervosismo. No estacionamento, vejo Leo encostado no carro, de braços cruzados, parecendo inquieto. Quando me vê, seu rosto se ilumina, e aquela luz me atinge de um jeito que faz tudo dentro de mim tremer.
Ele veste uma camisa escura dobrada nos cotovelos e jeans simples, mas,