Acordei com o som da chuva batendo na janela e a sensação de que mal tinha dormido. A cabeça parecia pesada demais, cheia de pensamentos que eu queria apagar, mas que voltavam sempre que eu piscava. Matt. O beijo. As mensagens. O silêncio que deixei como resposta. Tudo ainda estava ali, latejando dentro de mim.
Corinne entrou no quarto tropeçando nas próprias meias, o cabelo despenteado e o pijama com estampa de unicórnios.
— Mamãe, você trouxe biscoitos! — gritou, com a voz rouca de sono.
Eu sorri, mesmo com o coração cansado.
— Sim, docinho. Sei que você adora esses biscoitinhos.
Ela correu, pegou o pacotinho e se sentou na cama, mastigando com gosto. Fiquei olhando pra ela por um instante, e, como sempre, tudo se ajeitou dentro de mim por alguns segundos. Ela era o meu centro. O motivo pelo qual eu fazia o que fosse preciso.
Depois que ela terminou de comer, a levei para a escolinha debaixo de um guarda-chuva enorme, com o vento batendo no rosto e os cabelos del