RUSS
Quando estacionei diante da casa. Fiquei nervoso por alguns instantes, porque queria que tudo fosse perfeito.
Carreguei Lucile até aqui não apenas para tê-la comigo, mas para finalmente dar a nós dois o que nunca tivemos: uma primeira vez digna. Não uma explosão de urgência, não um lapso onde cedi ao desejo e a arrastei comigo… mas uma noite inteira, lenta, perfeita, feita para ela.
Entro com ela pela mão. Sinto sua pele fria pelo vento da noite, e aperto um pouco mais, como se quisesse aquecê-la apenas com o toque. Ela olha em volta, atônita, os olhos brilhando com a luz das velas espalhadas pelo ambiente. É exatamente essa expressão que eu imaginei quando preparei tudo.
— Você planejou isso? — a voz dela é um sopro incrédulo, quase um riso nervoso.
A encaro. Não consigo disfarçar a verdade.
— Planejei desde a primeira noite. Mas não consegui esperar. Fui fraco. — eu me aproximou mais, a voz caindo num sussurro. — Agora quero fazer do jeito certo. O jeito que você mere