As palavras dele ficaram martelando na minha mente como um desafio. É como se ele dissesse “Eu gosto de ver até onde você aguenta.”
Era cruel. Cruel e irresistível.
Eu queria gritar com ele. Queria dizer que não tinha graça brincar com a minha cabeça daquele jeito. Mas no fundo eu sabia que parte de mim gostava daquela tortura. Parte de mim se alimentava da intensidade dele.
Apertei a taça entre os dedos, tentando me manter lúcida.
— Então é isso? — perguntei, quebrando o silêncio. — Você me provoca, me arrasta até aqui… e depois me diz que não pode me tocar?
Ele sustentou meu olhar, inabalável.
— É exatamente isso.
— Você é inacreditável, Russ.
Ele não respondeu. Apenas se inclinou para trás na poltrona, como se tivesse acabado de ganhar uma guerra que eu nem sabia que estava acontecendo. E aquilo me irritou ainda mais.
— Eu não sou um jogo, Russ. — continuei, a voz firme, mesmo com o coração acelerado. — Eu não vou ficar sentada esperando você decidir se sou o