— Não vá, Oliver — Beatrice suplicava, a voz embargada pela angústia, os olhos marejados. — Se você morrer... eu jamais me perdoarei.
Oliver, firme, segurou-lhe o rosto entre as mãos, os olhos azuis faiscando numa decisão inabalável.
— Se eu não for, Beatrice, ele continuará nos perseguindo. Eu não temo pela minha vida, mas pela sua. Preciso acabar com isso de uma vez.
Ela tentou detê-lo, mas ele apenas sorriu, um sorriso que escondia o peso da escolha.
— Confie em mim.
Na manhã seguinte, o ar de Londres parecia mais frio que o habitual. Oliver chegou ao local do duelo, uma clareira discreta onde os cavalheiros resolviam suas pendências longe dos olhos da sociedade. Nathaniel já o aguardava, a expressão carregada de ódio, as mãos prontas para sacar a pistola.
— Veio mesmo — zombou Ashworth, estreitando os olhos. — E sozinho. Um tolo, como sempre.
Oliver não se abalou.
— Não tão tolo quanto você, que acreditou que poderia arruinar a vida de uma dama e sair impune.
Eles se posicionaram,