O sol da manhã filtrava-se preguiçosamente pelas cortinas de linho do quarto de Beatrice, lançando faixas douradas sobre o chão de madeira polida. Ela estava sentada diante do espelho, penteando os cabelos com firmeza, como se pudesse desembaraçar não apenas os fios, mas também os pensamentos teimosos que insistiam em permanecer desde a noite anterior.
A dança com Oliver Cavendish — não, com o Marquês de Hensley, como ela preferia chamá-lo mentalmente, para manter uma distância segura — ainda estava viva em sua memória. O modo como ele a fizera girar com leveza, como se soubesse exatamente onde começava e terminava seu movimento. Os olhos dele, tão escandalosamente atentos. E, é claro, o momento no jardim.