— Eu não fiz nada — disse Pitter, sem qualquer expressão no rosto, como se nada tivesse acontecido.
— Então, meu sexto sentido deve estar com problemas… — respondeu Pietro, coçando a cabeça, incrédulo. — Isso é impossível…
O jantar terminou, mas, para Amara, parecia que havia durado uma eternidade. A cada minuto, ela precisava manter-se em alerta, como se estivesse à beira de um ataque do inimigo.
Assim que largou os hashis, levantou-se apressada.
— Eu quero lavar a louça! — anunciou, com um entusiasmo suspeito.
Pietro, que ainda mastigava o último pedaço de carne agridoce, quase engasgou.
— Eu faço isso! — disse, levantando-se rápido.
— Não, eu vou lavar! Preciso lavar! — insistiu Amara, pegando os pratos com uma determinação que nunca tivera antes.
Pietro franziu a testa.
No passado, Amara jamais teria se oferecido para algo tão trivial. Ele lançou um olhar cúmplice ao irmão, procurando aprovação.
— Você trabalhou tanto para cozinhar, Amara. Como pode lavar a louça também? Eu com