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Aurora

O som da risada de Giovanni ainda dançava nos meus ouvidos quando saímos do restaurante. A manhã estava morna, o céu limpo, com algumas nuvens tímidas espiando entre as nuvens dispersas. Caminhávamos lado a lado pela calçada, nossos braços se tocando de leve, como se estivéssemos testando os limites do reencontro.

Havíamos nos reconciliado.

Depois de tantas dores, discussão, medo, desencontros… finalmente parecia que estávamos nos encontrando outra vez. Não havia pressa. Nem urgência. Apenas aquele silêncio confortável entre duas pessoas que, apesar de tudo, ainda se escolhiam.

Vi o carro de Giovanni estacionado do outro lado da rua. Era um dos modelos pretos, de vidro escurecido, que ele usava quando não queria chamar atenção. Havia outro carro atrás dele, provavelmente de algum dos homens de Nicolo, como sempre. Segurança nunca era demais com a guerra que parecia nunca cessar.

Ele ia dizer algo — talvez uma piada, talvez mais uma daquelas frases cínicas que sempre arrancavam
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