O sol nascia devagar sobre as colinas da Toscana, dourando os campos de uvas que dançavam com o vento. Cem anos.
Era difícil acreditar, mas Montevino — aquela vinícola nascida de um sonho, de uma ferida e de um recomeço — completava um século de existência.
A manhã trazia um perfume doce de flores e história. Bandeirolas de linho pendiam entre as árvores, e o som de risadas se misturava ao das taças sendo dispostas sobre as longas mesas de madeira. Tudo estava sendo preparado para a grande celebração: o Centenário de Montevino.
A casa principal, restaurada mas ainda com o mesmo charme rústico de sempre, parecia respirar memórias. Nas paredes, fotografias antigas contavam a jornada da família: Victor e Sofia ainda jovens, de mãos dadas em meio aos vinhedos; Rodrigo brindando com o primeiro lote exportado; Gabriel e seus filhos supervisionando as colheitas; Isabella desenhando o primeiro rótulo; Luca sorrindo com os trabalhadores; e Chiara, sempre com o caderno nas mãos.
Era mais do que