O sol despontava timidamente sobre as colinas da Toscana, tingindo os vinhedos com tons dourados e alaranjados. O vento trazia o aroma doce das uvas maduras, misturado com o cheiro do pão fresco que chegava da padaria do vilarejo. Montevino acordava como sempre: com suavidade, memória e história. Mas, agora, a vinícola não era apenas o lar de Victor e Sofia, e nem mesmo de seus filhos e netos. Era o refúgio e o ponto de partida da nova geração — os bisnetos que começavam a escrever seus próprios capítulos de vida.
Alessio, o mais velho, já com vinte anos, caminhava pelos corredores da antiga casa principal, estudando plantas e anotações do avô Victor. Filho de Luca, herdara o espírito inquieto do avô, misturado com o senso prático e inovador de seu pai. Seus olhos percorriam os cadernos antigos, absorvendo cada detalhe sobre vinhos, negócios e memórias de uma família que sempre soube transformar desafios em oportunidades.
— “Cada safra é uma história”, murmurou para si mesmo, tocando