O sol nascia lentamente sobre os vinhedos da Toscana, espalhando um dourado suave sobre as colinas onduladas que cercavam Montevino. A brisa da manhã carregava o perfume doce das uvas maduras e o som distante das folhas dançando com o vento. Era um novo dia, e, como sempre, a casa principal já despertava com risadas e passos apressados pelos corredores.
Victor desceu as escadas com uma xícara de café nas mãos, observando o movimento da cozinha. Isabella girava em meio a panelas e temperos, preparando o café da manhã com o mesmo entusiasmo de sempre. O aroma do pão fresco e das frutas cortadas invadia o ambiente. Sentada à mesa, Elena, a filha mais velha — de dezesseis anos —, revisava um caderno com anotações sobre vinhos. Ao lado dela, Luca, de quatorze, tentava discretamente colocar um pedaço de bolo no prato antes da hora. E a pequena Chiara, de dez, cantarolava baixinho uma canção que Isabella costumava ouvir quando conheceu Victor.
— Chiara, meu amor, menos açúcar, por favor — di