Estava quase tudo pronto.
O novo hospital, que eu e Mark idealizamos meses atrás, erguia-se à frente do nascer do sol como uma promessa feita e cumprida.
O vidro refletia as nuvens, a fachada moderna se destacava na avenida, e dentro… corredores limpos, salas equipadas, ambientes preparados para receber o que mais importava: vidas.
E no meio disso tudo, eu só pensava nela.
Adeline.
Ela não sabia ainda, mas o nome dela estava em quase todas as reuniões.
Ela era citada nos bastidores como “referência”, “fonte”, “modelo”.
Não porque eu forcei isso.
Mas porque ela tinha se tornado algo inevitável.
O rosto de uma nova fase.
Depois da pesquisa, depois da entrevista, depois da maneira como ela encarou a queda de Carlos com classe e firmeza, o mundo viu o que eu já sabia há muito tempo:
Adeline Moretti não era só uma médica brilhante.
Ela era símbolo.
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Caminhei pelo hall principal, que ainda estava em fase de finalização. O chão de mármore claro brilhava, e os painéis de LED esperavam as úl