Uma pessoa sem nome... Ou melhor, com um nome não "pronunciável"... Como seria a vida de uma pessoa com esse azar do destino estampado em sua carteira de identidade, nas chamadas da escola, diante das pessoas... Teria ele algum futuro? Teria alguma motivação? Teria amigos? Em que situações poderia se meter uma pessoa dessas?
Leer másVamos dizer assim... A minha mãe provavelmente não gostou da minha cara quando eu nasci. Ou talvez, talvez ela tenha um gosto estranho mesmo. Bom, vamos deixar essa coisa de nome por enquanto...
Eu sou um estudante até o momento, terminarei meu ensino médio e começarei uma universidade que não sei por que escolhi. Talvez pensar que posso ficar um dia inteiro preso dentro de um escritório reduza meus problemas. Apesar de que contabilidade é a coisa mais chata do mundo... A minha mãe queria que eu fosse "doutor" e fizesse medicina. Eu não poderia me sentir mais desconfortável na vida que com uma profissão em que eu teria que lidar incessantemente com público.
Não é que eu não goste de pessoas, eu, aliás, sinto falta de poder interagir mais com elas. Mas eu diria que às vezes isso é meio difícil pra mim, não porque eu seja tímido ou algo assim, mas eu nunca encontrei uma solução perfeita para o meu problema. Bom, pensando pelo lado positivo, ainda há algumas pessoas no mundo que não são complicadas, pena que elas não são muitas... Eu não vivo na Idade Média ou em um momento histórico cheio de pessoas supersticiosas, mas como eu diria... Parece que independente do momento histórico as pessoas são supersticiosas. É uma forma de elas encontrarem explicações para coisas que elas não entendem. Eu não vejo problemas com isso, até porque, às vezes, parece que as coisas desse tipo fazem sentido. Não que eu tenha alguma crença muito fixa em superstições, mas algumas delas parecem dar extremamente certo comigo. Principalmente as que dizem respeito a azar. Seria isso algum tipo de sina ou destino? Ou será que é porque eu sou um tanto desajeitado para lidar com o mundo mesmo?
Agora, me lembrando bem, talvez seja azar mesmo.
- Quando se aproximou tanto desse sentimento de medo? Quando deixou a sua coragem, Emeth, Cavaleiro da Ordem da Santíssima Trindade, 1ª Ordem do Dragão, A Face de Titânio! - Eu disse, lembrando-me do único nome que ela tinha me dado quando perguntei, há tanto tempo. – Tu és covarde ao tentar matar um garoto no meio da noite, depois de encantá-lo com seu charme... Tu és covarde ao lutar na sua forma feminina contra alguém que não toca em mulheres e bem o sabes, bem sabes, que tu és covarde por tentar levar à morte um menino que está sozinho no mundo... Tu és uma mulher demoníaca que se esconde atrás de um manto de violência e solidão para ganhar a confiança de quem queres destruir... Eu seguia, em latim, e ela olhava atônita para mim.- Por que... Porque me acusa, Ser das Trevas? Ela parecia apavorada, mas eu sentia que a sua for&c
Eu tinha me transformado em um demônio. Eu não sentia mais, eu só queria destruir aquela fonte de desobediência.Tudo que eu precisava era de mais um golpe, e mais um, descarregar a minha raiva, ver aquela mulher ardendo em chamas. Era somente uma ordem, e Berith se engalfinharia com aquela mulher de preto, e logo aqueles cabelos brancos e aquela máscara de metal estariam cobertos de sangue.Mas uma voz me chamava ao fundo... Eu escutava. Eu sentia... Sentir, era estranho... Do jeito que eu estava agora...Eu via uma cena, daquele lugar, momentoa antes. Minha mãe discutia com Berith, por causa de mim... Eu não entendia boa parte da discussão.- O que pretende fazer com o meu filho, Berith? Ela dizia.- Libertá-lo dessas amarras mortais que você colocou sobre ele no pretexto falho de protegê-lo, Amy.- Tu não tens este direito, Duquesa Berith. Disse ela para a mul
A Família de Dalian faria um baile a rigor, o baile mais elegante da cidade. Eles não eram os anfitriões do clube a pelo menos dez anos, agora, a menina de ouro da família Berluccini, teria que fazer acontecer o evento mais belo da cidade, de dois em dois anos. Eu realmente detestava o maldito Baile de Máscaras, mas a minha mãe gostava, ela ia todas as vezes e sempre tinha a aparência mais divina. Não teve uma vez que eu tenha encontrado alguém mais linda que ela naquele lugar.Eu sempre tinha que ir nessas coisas idiotas, mas no fim das contas, considerando a mãe que eu tinha, era uma obrigação moral eu ir da forma mais bela possível, embora eu nunca tenha sido o mais imponente daquele lugar nem de perto.E como sempre, eu me sentia ofuscado, minha mãe também, apesar de ser bela, tinha perdido o lugar de Rainha do Baile para a filha dos Berluccini, Dalian. Ela realm
- Que bom, não estou interessado. Eu disse, decidindo que tudo o mais que viesse dessa conversa seria problemático e que eu deveria me ocupar de coisas menos estressantes, como o novo piano que estava no saguão da loja de instrumentos musicais em exposição. E puxei-a para dentro da loja, ignorei o garoto que trabalhava ali, que já me conhecia de quando eu queria tocar um piano novo, e sentei-me diante do piano deixando-a do meu lado e começando a tocar.Surpreendi-me levemente quando ela começou a tocar também, mas pela expressão que eu via, aparentemente ela gostou da melodia, e sobretudo, ela tocava muito bem. Foi uma melodia estranha, duas sinfonias diferentes que eu nunca vi antes juntas, e a certo ponto, eu nem mesmo sabia se aquilo existia em termos musicais.Quando parei de tocar por um momento escutando o silêncio, senti duas mãos nos meus ombros, eu sabia quem era sem precisar o
- Não finja que entende algo desse tipo e que eu sou má só porque estou pensando na sobrevivência do nosso lar.- Mãe, eu não estou criando uma guerra contigo, não estou dizendo pra adotar a Ângela e nem nada assim, só que enquanto ela não se adaptar com a sociedade daqui e não souber falar um pouco do nosso idioma ela poderia ficar no quarto de hóspedes.Eu escutei um barulho vindo da escada. Olhei para lá e minha mãe também olhou. Eu podia ver lentamente o fato de que ela parecia ter entendido o que nós falávamos, embora eu não entenda como ela poderia entender, e logo depois, que quando ela se moveu, perdeu o pé na escada e caiu. E eu também via que pelo olhar da minha mãe, isso não era acidental.Eu consegui segurá-la à distância, e ela parecia mais assustada com a barreira azul royal lumi
Eu acordei. Seria somente mais um dia normal. Eu iria para as minhas aulas, rezaria para que meus professores não estivessem de mau humor, pegaria minhas notas, faria algumas provas, e logo o semestre terminaria. Foi o que eu pensei quando abri os olhos naquela manhã cinzenta.Resmunguei algo sobre o fato de que iria chover quando vi as nuvens no céu pela janela, olhei para o calendário, e percebi que eu estava dormindo esse tempo todo. Os dias não passaram, e as coisas não aconteceram. Olhei para mim mesmo, eu estava com as roupas da viagem do dia anterior.Mas, o calendário não me dizia isso. Eu não queria pensar nesse momento em quantas mesas de pôquer eu teria que ganhar pra agradar a Tia Fran depois do favor que ela me fez, se aquilo tudo não foi um péssimo sonho, e não queria pensar nas encrencas que me esperavam. Eu não en
Último capítulo