O primeiro raio de sol filtrava-se por entre as cortinas da cobertura, tocando o rosto de Alicia com delicadeza. Ela despertou em silêncio, os cílios ainda úmidos de um sono agitado. Por um instante, fechou os olhos novamente, como se pudesse estender o torpor da noite anterior — uma noite que ainda queimava sob sua pele, viva, latente, pulsante.
Estava sozinha no quarto.
A ausência dele no ambiente fez seu peito se apertar. Por que isso doía tanto?
Sentou-se na cama lentamente, tentando compreender por que aquele prazer inenarrável vinha agora acompanhado de um frio no estômago. Passou os dedos pelo lençol amarrotado, sentindo o perfume dele ainda ali. E então se olhou no espelho. Os cabelos um pouco desalinhados, a maquiagem desfeita, os sinais visíveis de uma noite de entrega.
Seu coração disparava, mas sua mente... sua mente já construía um muro de proteção.
Levantou-se decidida. Tomou um banho rápido, deixou a água quente cair sobre o corpo na tentativa de lavar a ansiedade que c