Alicia encostou a cabeça no vidro do táxi, os olhos fixos nas luzes que passavam rápidas pela cidade. A avenida parecia silenciosa, mas dentro dela... um furacão dançava sem controle. Victor D’Abruzzi. Ela não sabia o nome dele, mas jamais esqueceria o gosto, o toque, o modo como ele a fez se abrir, se derreter, se perder — e, de alguma forma, se encontrar. Nunca havia sido tocada daquele jeito. Seu corpo ainda vibrava, mesmo sob o vestido alinhado. As coxas tremiam suavemente. Os lábios ardiam. O coração... esse não sabia se corria ou parava. Assim que entrou em casa, trancou a porta, encostou-se à madeira fria e deixou o ar escapar com um suspiro profundo, quase um soluço. Tirou os sapatos, a bolsa, e caminhou em silêncio até o banheiro. Na frente do espelho, se encarou. Quem era aquela mulher? Como pôde se entregar a um desconhecido... assim? Como pôde deixar que alguém invadisse sua alma com tanta naturalidade, como se fosse dono de cada parte do seu corpo? A
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