Victor encarava a janela de sua sala com os punhos cerrados. A vista panorâmica de Canary Wharf, tão imponente quanto a sede da D’Abruzzi Corporation, de nada lhe servia naquela manhã. Seu olhar buscava algo — ou alguém — que simplesmente não aparecia.
Era quase três da tarde.
Ela não voltou.
Nem uma mensagem.
Nem um e-mail.
Renzo bateu discretamente à porta, trazendo um relatório importante. Mas o CEO não se virou.
— Ainda nada? — perguntou Victor, em tom frio, mas com a voz tensa.
— Nenhum sinal dela, senhor. — Renzo hesitou. — Talvez tenha tido outro compromisso…
— Eu pedi um relatório. Um alinhamento de contratos. Pedi para ela ficar ontem à noite. Ela... ficou.
O silêncio seguinte era um campo minado.
Victor andou de um lado para o outro da sala. Seus passos ecoavam pelo piso de mármore escuro, destoando da serenidade habitual que todos temiam e respeitavam.
— Faça o seguinte. Ligue para o escritório Whitmore & Hunt. Diga que... — ele parou, repensando. — Não. Melhor ainda: eu me