Enquanto isso na mansão de Beatriz....
A mansão da família Vasconcelos estava iluminada de forma quase teatral naquela noite. Candelabros refletiam em cristais, e o perfume de flores recém-arranjadas se misturava ao aroma sofisticado dos pratos servidos. O jantar não era apenas um encontro social: era um campo de batalha travado com taças de vinho e palavras afiadas.
O casal Valentin entrou de mãos dadas. Ricardo, com o rosto sério e postura rígida, e Helena, elegante como sempre, mas visivelmente tensa. O silêncio que antecedeu sua chegada foi cortado pela voz melodiosa — e calculada — de Beatriz.
— Finalmente chegaram! — disse, levantando-se da cabeceira e os cumprimentando com um sorriso impecável. — Já estávamos ansiosos.
Aos lados da mesa, seus pais os receberam. A senhora Joana Vasconcelos, de olhar penetrante e voz firme, ocupava o espaço como se fosse a verdadeira dona do jantar. O senhor Alberto, discreto, mantinha-se ao lado, observando com calma e poucas palavras. E mai