O silêncio da madrugada ainda dominava o quarto quando Lívia abriu os olhos. Por um instante, ela não sabia ao certo onde estava, até sentir o peso do braço de Arthur sobre sua cintura. O calor dele, o ritmo sereno da respiração, o cheiro suave do perfume ainda impregnado no lençol. Aquilo não era um sonho. Ela realmente havia passado a noite nos braços dele.
Virou-se devagar, encontrando o rosto dele parcialmente iluminado pela luz fraca que vinha da janela. Arthur dormia profundo, os traços relaxados, sem a habitual tensão que sempre carregava nos ombros. Lívia sorriu ao vê-lo tão vulnerável, tão real.
Aos poucos, ele se mexeu, abrindo os olhos devagar, como se também estivesse tentando se situar. Quando percebeu que ela o observava, um sorriso preguiçoso surgiu em seus lábios.
—Bom dia. - sussurrou ela.
— Bom dia… — murmurou, a voz grave e rouca, mais intensa pela sonolência. — Ainda nem amanheceu.
—Preciso voltar pra casa pra trocar de roupa antes de ir pra empresa. - ela re