O corredor principal da casa parecia mais frio do que o normal.
Meus passos eram apressados, mas silenciosos. O peso da informação que eu carregava nas mãos – no celular, nas fotos – parecia maior que meu próprio corpo. Meu coração pulsava no ritmo da urgência. Eu sabia que o tempo era curto.
Quando virei no salão, encontrei Luca ajustando a manga da camisa, já vestido com uma de suas camisas escuras bem passadas, o relógio no pulso. Seu olhar estava fixo em Marco, que o acompanhava com um semblante sério. Dois seguranças esperavam perto da porta, e havia movimento no rádio preso à cintura de um deles. Estavam prontos para sair.
— O carro já está na frente? — Luca perguntou, sem perceber minha aproximação.
— Sim. Tudo pronto. Só estamos aguardando o novo itinerário que o Rafael mandou, houve uma mudança de rota.
Perfeito. Eu precisava agir agora.
Aproximei-me de Marco e toquei levemente seu braço, fingindo uma expressão neutra. Meu rosto talvez não enganasse Luca – ele me