A brisa noturna acariciava minha pele enquanto descíamos os degraus de mármore do restaurante. A cidade abaixo de nós pulsava em luzes, mas aqui no alto, tudo parecia mais calmo. Mais íntimo.
Luca caminhava ao meu lado com passos largos, um leve sorriso nos lábios como se ainda estivesse digerindo o gosto da provocação sob a mesa. Ele mantinha uma mão no bolso e outra nas costas do meu vestido, guiando-me com uma leveza que contrastava com a tensão elétrica entre nós.
No estacionamento privativo do hotel, um funcionário já nos aguardava com o carro dele. Um Maserati preto, elegante e ameaçador como o próprio Luca.
— Eles tratam você como realeza aqui — comentei, cruzando os braços ao sentir um arrepio.
— Eu pago como um rei. Então eles entregam como se eu fosse um.
— Arrogante.
— Realista.
Revirei os olhos, rindo.
— E modesto, pelo visto.
Ele deu a volta no carro para abrir a porta do passageiro para mim, mas em vez de entrar, apoiei a mão na lataria e o encarei.
— Não vai escapar com