O Refúgio era mais do que um abrigo. Era uma cicatriz viva cravada entre as montanhas, onde a história dos lobisomens havia sido escrita com sangue e silêncio. Aedan olhava a antiga fortaleza de pedra com reverência e temor. As torres, meio cobertas por musgo e hera, erguiam-se como guardiãs do passado, e os salões escondidos pareciam sussurrar nomes esquecidos pelo tempo.
Elena segurou a mão dele com firmeza. Seus olhos vagavam pelas muralhas enquanto o vento frio cortava o vale como uma navalha.
— Eu nunca estive tão longe das aldeias — disse ela. — Isso tudo... parece maior do que qualquer coisa que já enfrentamos.
— Porque é — respondeu Kaela, caminhando à frente com passos firmes. — O Refúgio não é apenas uma fortaleza. É um tribunal antigo. E só nos receberão se reconhecerem Aedan como Herdeiro.
Lucas resmungou algo inaudível, mas manteve os olhos atentos. O trauma do ataque anterior ainda se escondia atrás de seu humor constante. Cada sombra parecia carregada de segredos.
Ao se