O céu amanheceu encoberto por nuvens de chumbo, como se o próprio firmamento se encolhesse diante do que estava por vir. Um frio seco pairava no ar, cortando até os ossos. Mesmo os pássaros silenciaram, como se sentissem a presença de algo antigo e sombrio despertando sob a terra. Elena caminhava lentamente até a antiga torre do conhecimento, onde Kaela a esperava com um pergaminho que nenhum deles ousara decifrar por séculos.
— Recebi isso de um guardião moribundo nos limites do Véu — disse Kaela, colocando o pergaminho sobre a pedra ritual. — Ele disse que era a chave para evitar o fim.
Elena desenrolou o tecido de couro e revelou palavras entalhadas em runas antigas, de origem anterior aos clãs. As linhas pareciam vivas, vibrando com um poder que fazia seus dedos formigarem ao toque.
— “Quatro foram os selos. Três em matéria, um em vazio. O último guarda o nome do Primeiro Alfa. Quem o despertar, renasce com o fardo do início.” — leu ela em voz baixa, como se temesse acordar