A floresta que se ergueu diante de Elena era familiar… e ainda assim, profundamente errada. As árvores estavam retorcidas, os galhos curvando-se como dedos esqueléticos em direção ao céu sem estrelas. A névoa rastejava pelo chão, densa e úmida como um suspiro de algo adormecido há milênios. Nada se movia, além da brisa que carregava o cheiro metálico de sangue.
No centro daquela paisagem distorcida, ela viu a si mesma. A outra Elena estava parada sobre uma clareira onde a luz era pálida demais para ser solar. Os olhos dela brilhavam com um tom vermelho-âmbar, idêntico ao brilho do fragmento que ela tocara momentos antes. Os cabelos estavam soltos, revoltos como se fossem feitos de sombras, e um sorriso amargo cortava-lhe o rosto.
— Finalmente — disse a outra, cruzando os braços. — Achei que nunca me encararia de verdade.
Elena manteve a postura, embora o coração martelasse contra as costelas.
— Sei que você é uma ilusão. Um teste. Não vou cair tão fácil.
A outra riu — um som oco, sem