Valentina passou o dia inteiro tentando ignorar o convite. Mas a lembrança do beijo na sala, das mãos de Dante explorando sua pele como se ela fosse território proibido, a deixava inquieta. Ela tentou se esconder atrás de relatórios e reuniões, mas era impossível se concentrar quando o perfume dele ainda pairava em seu escritório como um fantasma provocante.
Às 20h, pontualmente, ela desceu. O vestido preto justo moldava cada curva com elegância, mas havia algo nos olhos dela — um brilho incandescente de desejo e desafio. O salto alto batia no mármore com a mesma confiança de quem estava prestes a vencer uma guerra. Mas por dentro, Valentina era puro caos. Dante estava à sua espera no saguão. De smoking, barba feita, os cabelos perfeitamente bagunçados, como se fosse acidental — mas ela sabia que nada nele era por acaso. Quando a viu, seus olhos escureceram. — Você está... perigosa. — Esse é o meu estilo. Ele se aproximou, segurando a mão dela com firmeza. — Vamos transformar essa noite em algo inesquecível. O jantar foi em um restaurante reservado no alto de um hotel luxuoso. A cidade inteira se espalhava iluminada ao redor das janelas, mas os dois mal notaram a vista. Havia tensão em cada olhar, em cada troca de palavras veladas. Valentina tentava manter o controle, mas era difícil quando Dante parecia ler cada pensamento seu. — Eu sei o que você está fazendo — ela disse, depois do segundo vinho. — E o que estou fazendo? — Me fazendo esquecer que tudo isso é um contrato. Que nosso casamento é um negócio. Ele se inclinou na cadeira, os olhos fixos nela. — Não é isso que você quer esquecer, Valentina. Você quer esquecer o medo. O medo de sentir. O medo de se entregar. Ela riu, nervosa. — E você se acha tão irresistível assim? — Eu não acho. Eu sei. Mas o mais perigoso não sou eu... é o que você sente quando está comigo. Valentina engoliu em seco. Ele estava certo. E isso a deixava furiosa. De volta à cobertura, ela não sabia dizer como ou por que as coisas evoluíram tão rápido. Talvez tenha sido o silêncio no elevador, cheio de promessas não ditas. Ou o toque da mão dele em sua cintura quando destrancaram a porta. Mas assim que entraram, ela soube que não havia mais como fingir. Dante a encostou contra a parede, os olhos queimando nos dela. — Ainda posso parar. Mas você tem que me dizer agora. Valentina olhou para ele, para a boca que já conhecia tão bem, e disse: — Se você parar agora... eu juro que te demito como marido. Ele sorriu com malícia antes de tomar sua boca num beijo voraz. O vestido escorregou dos ombros com um puxão habilidoso. As mãos dele exploravam suas curvas como se memorizassem cada centímetro, cada suspiro. Ela sentia a pele incendiar onde ele tocava. O sutiã foi jogado longe. Ele se ajoelhou diante dela como se prestasse culto à própria tentação e traçou beijos ardentes por sua barriga até a cintura da calcinha. — Você é uma perdição — sussurrou, antes de mordiscar a pele sensível logo abaixo do umbigo. Ela entreabriu os lábios, sem conseguir conter o gemido. — E você é um homem perigoso, Dante Marini. Ele sorriu contra sua pele. A porta mal havia se fechado atrás deles quando Dante a empurrou contra a parede com o corpo colado ao dela. Seus olhos estavam escuros de desejo, o maxilar tenso, e a respiração pesada denunciava que ele havia perdido qualquer controle. Valentina sentiu o coração disparar — não de medo, mas de antecipação. Ele segurou seu queixo com firmeza e roçou os lábios nos dela, provocando, mordiscando de leve. — Me diz para parar... se ainda quiser. Ela o encarou com os olhos brilhando de excitação. — Tarde demais. O beijo veio como uma explosão. Profundo, molhado, cheio de urgência. As mãos de Dante deslizaram pelas costas dela até os quadris, apertando com força. Em um movimento rápido, ele a ergueu do chão, e Valentina entrelaçou as pernas ao redor da cintura dele, ofegando entre beijos e gemidos abafados. Ele a carregou até o quarto, jogando-a sobre a cama com um sorriso carregado de malícia. Começou a despi-la com lentidão, como quem se diverte desfazendo um laço proibido. Cada alça do vestido foi baixada com os dedos quentes, cada peça de roupa removida com uma mistura de adoração e fome. Quando finalmente ela estava nua, os olhos dele percorreram seu corpo como se estivesse diante de uma obra de arte feita só para ele. — Você não tem ideia do quanto eu imaginei isso — disse com a voz rouca. — Mostra — ela desafiou, o peito arfando. Dante tirou a própria roupa com pressa, e Valentina mordeu o lábio ao ver o corpo dele, forte, definido, pronto. Ele se ajoelhou na cama e começou a beijar o interior das coxas dela, cada toque mais fundo, mais molhado, mais provocante. Quando sua língua a encontrou, Valentina arqueou as costas e soltou um gemido alto. Ele a saboreava como se ela fosse o prato principal de um banquete que esperou a vida inteira. Cada lamida era profunda, firme, explorando cada ponto sensível com uma precisão que a deixava à beira do clímax. Os dedos de Dante penetravam devagar enquanto a boca sugava seu clitóris com ritmo e intenção, até que Valentina explodiu em prazer, tremendo contra ele, dizendo seu nome entre suspiros trêmulos. Mas ele não parou. Subiu pelo corpo dela distribuindo beijos pelo abdômen, pelos seios, mordendo de leve os mamilos rígidos, até alcançar sua boca novamente. Ela sentia o gosto dela mesma nos lábios dele, e aquilo a excitava ainda mais. — Quero você dentro de mim — sussurrou, puxando-o para si. Ele obedeceu sem hesitar. A sensação de preenchimento foi imediata e intensa. Valentina gritou, cravando as unhas nas costas dele. Ele começou com movimentos lentos, profundos, como se estivesse descobrindo o ritmo do corpo dela. Mas logo o controle se desfez, e o que restou foi puro instinto. Eles se moviam juntos, corpos colados, pele contra pele. O som do quarto era feito de gemidos, respirações ofegantes e o ritmo úmido dos corpos se chocando. Ele a virou de lado, depois de bruços, depois voltou de frente, explorando cada ângulo, cada forma de enlouquecê-la. Em determinado momento, ela ficou sobre ele, montando, os cabelos soltos caindo sobre os seios enquanto cavalgava com força, gemendo alto. Dante apertava suas coxas, os olhos vidrados nela. — Você vai me matar assim — ele sussurrou, com um sorriso suado nos lábios. Ela sorriu de volta, provocante. — Essa é a ideia. O orgasmo veio novamente, dessa vez mais intenso, mais profundo, fazendo seu corpo estremecer inteiro. E quando Dante gozou dentro dela, enterrado até o fim, ele gemeu rouco, agarrando sua cintura como se quisesse se fundir nela. Caíram exaustos sobre os lençóis, ofegantes, suados, sujos de desejo e prazer. O silêncio que veio depois não era vazio. Era denso, carregado de significado. Valentina virou o rosto e encontrou os olhos de Dante. — Isso… foi só uma cláusula do contrato? — ela brincou, a voz rouca. Ele sorriu, puxando-a para os braços. — Se for, quero que a gente quebre todas as regras... todas as noites. E ela não teve forças para discordar. — E ainda nem comecei.