O sol atravessava as cortinas com preguiça, espalhando feixes dourados pelo quarto ainda mergulhado no silêncio. Valentina despertou lentamente, com a pele ainda quente, os músculos relaxados e o corpo marcado por lembranças da noite que tiveram.
Ela se virou na cama, sorrindo ao imaginar Dante ali ao lado, mas encontrou apenas lençóis amarrotados e um espaço vazio.
Franziu o cenho. A ausência dele parecia mais fria do que o ar condicionado no quarto.
Vestiu um robe de seda e desceu as escadas. O cheiro de café fresco tomou o ar, mas não havia sinal dele. Só a xícara sobre a bancada, usada, e a tela do notebook aberta, com e-mails profissionais.
“Bom dia”, ela digitou no celular.
Sem resposta.
Valentina apertou os lábios, o sorriso murchando. Talvez ele só estivesse ocupado.
Ou talvez... não.
Horas se passaram. Dante não retornou para o almoço, nem respondeu suas mensagens. Quando finalmente apareceu à noite, parecia um estranho. Entrou com passos decididos, os olhos duros, a expressã