Na casa, Victor e Maria já os esperavam, sentados no sofá com a TV ligada, mas sem prestar atenção em nada. Quando Amber entrou, Maria sorriu com um alívio maternal.
— Então... você foi incrível hoje, querida — disse Maria abrindo os braços.
Amber sorriu e se deixou envolver no abraço caloroso. Ainda não estava acostumada com tanto afeto, mas estava aprendendo a aceitar.
Victor, do outro lado, ergueu uma sobrancelha com seu típico ar debochado.
— Rainha do baile, vencedora da feira de talentos e agora namoradinha do nosso príncipe herdeiro. Vai devagar, Amber, senão o mundo não vai te aguentar.
— Cale a boca, Victor — disse Benjamin, embora risse ao falar.
Amber apenas deu um sorrisinho cansado e se sentou na poltrona, dobrando as pernas e abraçando os joelhos.
— É estranho, sabe? Ter um dia bom.
Maria a olhou com atenção.
— Como assim, querida?
Amber encarou o vazio por um instante, procurando as palavras.
— Durante anos, eu acordava esperando que algo ruim acontecesse. Nu