Já haviam se passado semanas desde a briga. Um novo mês começava, mas o clima na mansão permanecia pesado. Aos poucos, os meninos se organizaram para evitar se cruzar — mesmo com tanto espaço, revezavam os horários das refeições para não estarem no mesmo cômodo. Benjamin passou a ir de moto para a escola. Já Victor arranjava desculpas para não ir de carro comigo, o que o fazia se atrasar com frequência.
Eu me sentia cada vez mais culpada. Mesmo com todos dizendo que era questão de tempo para tudo voltar ao normal, era visível que aquela confusão tinha deixado marcas em todos.
Os Willivam sempre fizeram questão de jantarem juntos, mas agora Maria precisava arrumar a mesa duas vezes. Everton, além de fazer duas viagens para nos levar à escola, ainda precisava sair para abastecer a moto de Benjamin. Isso o fazia passar menos tempo com Maria, que parecia sentir falta dessa rotina.
Na escola, não demorou para que todos notassem os hematomas e os rostos marcados pelos socos. Além de John e C