Na mansão, Victor se sentava sozinho na sala, o copo de whisky girando em sua mão. O sabor amargo da bebida nem se comparava ao gosto da decepção que queimava por dentro. Ele se sentia como um homem traído, ainda que uma parte de sua mente insistisse: “vocês nunca tiveram nada.” Mesmo assim, virou o restante do copo de uma só vez.
As horas foram passando, um silêncio denso tomava a casa. Todos já haviam se recolhido, exceto ele. Victor já não contava o tempo em minutos, mas em copos. Quando a primeira luz surgiu do lado de fora, a garrafa estava quase vazia, e o relógio ao seu lado marcava 2h55 da manhã. Cambaleando, ele se levantou. Estava pronto para confrontá-los... mas sua voz desapareceu assim que os viu entrar.
Amber estava com o rosto corado, o cabelo bagunçado. Benjamin ajeitava os próprios fios, num gesto inútil. As roupas dos dois estavam amassadas e o clima entre eles parecia... íntimo demais.
— Ainda acordado, Victor? — Benjamin perguntou ao entrar, colocando o capacete sob