Khaol Santiago vê o mundo em preto e branco. Desde que nasceu ele foi ensinado a obedecer, ser leal e nunca se apaixonar. Ele é o fantoche perfeito que obedece a cada ordem da sua Mãe, Magot Santiago. Mas qual será a reação de Khaol, quando Magot, pede o impossível? Que vai contra tudo o que ele aprendeu. Essa nova ordem é se casar com a filha de um poderoso magnata. Sofia Lancem é a filha do Magnata Frenk Lancem. Doce e gentil ela não pode fugir dessa união. Ambos são obrigados a casar por negócios. Sofia, se torna uma luz no mundo cinza que Khaol, vive despertando sensações proibidas. Sofia, conseguirá quebrar essas correntes que prendem Khaol, a sua Mãe? Tirá-lo desse mundo de dor e sofrimento, e curar suas feridas? Khaol, se renderá a este sentimento ou seguirá as regras como sempre?
Leer másSofia
Ouvir aquelas palavras de Papai, era um choque. Minha mente estava inerte, meu corpo imóvel. Um conflito de sentimentos luta dentro de mim. A raiva, medo e principalmente a magoa. Como ele pode me vender desse modo? sei que Frenk Lancem é um homem que respira negócios, mas transformar sua filha em um objeto de negociação é inimaginável. Um casamento arranjado com um completo desconhecido. E para que? Só por alguns trocados que não fazem a menor diferença! Nossa família é herdeira de um enorme patrimônio, não faz o menor sentido fazer um acordo assim. Tenho certeza que existe mais por trás de suas palavras, um motivo que vai além do dinheiro, e eu vou descobrir. Papai, me observa com seus olhos predador de homem de negócios, esse olhar faria muitos dos seus sócios tremer, mas a mim não. Sou sua filha e não deixarei ser intimidada. Minha relação com Papai, não pode ser das melhores, mas tenho certeza que existe um coração em seu peito e sua consciência o fará desistir desse absurdo.
— Papai, essa proposta é totalmente absurda. Como pode tramar um casamento arranjado pelas minhas costas?
Tento conter o tremor em minha voz, mas é inútil. Minhas mãos soam, e o nervosismo faz meu estômago embrulhar.
— não foi uma proposta, Sofia. Mas um comunicado.
O absurdo das suas palavras faz minha raiva crescer, e qualquer controle que tinha sobre ela sumir. Fecho ambas as mãos em punhos, sinto uma pontada de dor que ignoro ao cravar as unhas na palma da mão.
— isso é ridículo! Não sou uma das suas propriedades que vende depois de uma negociação. Sou uma pessoa, sua filha!
— Sofia!
Mamãe, me repreende após eu elevar a voz. Agora tenho total certeza de que ela não está do meu lado, sempre foi assim. O medo de perder o luxo que Papai, a proporcionar é maior do que seu instinto maternal em proteger sua filha. Meu olhar volta para Papai, ele bufa e seu rosto está vermelho de raiva, posso notar a veia em sua testa pulsar. Mas não vou me render, se irei me casar será por amor e não por negócios. Minha vida inteira foi rendida as coisas triviais, e interesse. Mas não sou como Laura, se minha irmãzinha caçula estivesse no meu lugar ele aceitaria sem hesitar ou questionar, afinal a única coisa que ele quer é casar com um homem rico que sustente todos os seus luxos e caprichos.
— você vai casar e ponto final!
Papai, fala entre dentes, rígido. Tenho certeza que minha opinião não conta aqui e a decisão está tomada sem meu consentimento. Mas não vou abaixar a cabeça e aceitar isso, nunca desafiei Papai, mas desta vez ele foi longe demais. Papai, interfere em muitos aspectos da minha vida, meus estudos, meu trabalho. Mas não irei aceitar que ele invada minha privacidade, minha vida íntima!
— eu nunca vou aceitar isso! Deveria ter feito essa proposta a Laura, tenho certeza que ela vai aceitar sem cogitar.
— não! — mais uma vez sou repreendida. Desta vez por Papai — tem que ser você!
— POR QUE?
Minha voz soa mais alta do que eu queria. Papai, se ergue. Ele coloca ambas as mãos sobre a mesa, sua aura ameaçadora me faz encolher na cadeira. Tenho certeza que o resto do autocontrole que ele tinha sumiu. Seus olhos me perfuram, sinto um tremer e um arrepio percorrer minha espinha.
— Sofia, você é um fiasco. Do quê adianta toda sua inteligência, e status se não pode conseguir um homem.
Sua voz soa fria, cada uma de suas palavras me ferem. Então essa é a verdadeira questão, então esse é o verdadeiro motivo por trás desse casamento arranjado. Minha incapacidade de seduzir um homem.
— você tem vinte e seis anos e jamais consegui um pretendente, mas como posso culpá-los se você é descuidada.
— Frenk!
Mamãe, intervém pela primeira vez mas logo é repreendida pelo olhar severo de Papai.
— essa é a verdadeira Elenor! Diferente de Sofia, Laura não é..
Papai, fica em silêncio. Sei que ele não quer pronúncia a palavra. Sinto um gosto amargo na boca, contorço meus lábios em um sorriso amargo.
— Gorda! Essa é a palavra que você quer dizer, Gorda!
— sim!
Noto a firmeza em suas palavras, sua insinuação ao meu peso me magoa profundamente, mas do que consigo descrever. Essa é um assunto delicado pra mim, venho ouvido comentários ao longo dos anos diversas vezes relacionadas ao meu peso. Por insistência de Mamãe, me levou a vários nutricionistas, fazia exercícios em excesso. Mas nada disso funcionou, o que me deixava frustrada e Mamãe, raivosa por achar que eu não fazia o suficiente. O estresse, a magoa me fazia perder o controle e comer as escondidas. me lembro de chorar dias escondida quando vi que estava com mais estrias e celulite do que antes, para esconder isso usava roupas que escondesse o meu corpo, nem me lembro a última vez que coloquei um biquíne. Quando tudo aquilo me cansou eu desisti, me lembro de como Mamãe, ficou decepcionada. Ao contrário de mim Laura, nunca teve esse problema, ela mal vai a academia.
— Sofia, você tem vinte e seis anos. Você não sabe como tive que lutar para isso acontecer, essa é sua única chance de casar e ter uma família.
Saber que Papai, me acha incapaz de fazer alguém se apaixonar por mim por culpa do meu corpo é a gota d'água. Sinto um buraco se abrir em meu peito, meus olhos lacrimejam mas impeço as lágrimas. Meus olhos vão de encontro a Mamãe, mas ela foge seu olhar de mim. Imagino que ela tenha a mesma opinião que Papai. Nunca me senti tão deslocada, e magoada em toda minha vida. As coisas pelo que passei não se comparam a esse momento. Estou sendo entregue a um homem desconhecido que nunca vi na vida, imagino que Papai, também tenha planejado isso o que seria perfeito, afinal se o pretendente não me vê suas chances seriam maiores para que esse casamento aconteça. Ao notar que suas palavras me abalaram Papai, se senta novamente em sua cadeira visivelmente mais calmo.
— o casamento acontecerá em menos de um mês, até lá. Não faça nada imprudente.
Papai, me adverte. Em silêncio me ergo e vou em direção a saída, não tenho mais forças para retrucar, ou fazê-lo mudar de idéia, agora eu sei. Não importa o que eu vá dizer, Papai, não vai mudar de idéia. Ao passar pela porta solto o ar que nem sabia está prendendo, deixo que as lágrimas molhem meu rosto. Me sinto derrotada, frágil. Ouço passos atrás de mim. Sei que é Mamãe, o som do seu salta é sua marca registrada. A mesma para em minha frente, ela toca ambos meus ombros mas dou um passo atrás me afastando do seu toque. Posso vez que meu gesto a mágoa, mas ignoro.
— como pode fazer isso comigo?
Minha voz está embriagado pelo choro, os olhos de Mamãe, refletem sua dor.
— por favor Sofia, tente entender...
— entender o quê? — interrompo a mesma, continuo sem dar chance para que ela fale — vocês me venderam por achar que sou incapaz de receber amor de um homem, por algo tão superficial!
— não veja as coisas desse modo.
— como não? O que você e Papai, fizeram me feriram profundamente. Eu nunca vou perdoar vocês por isso.
Passo pela mesma, indo em direção ao meu quarto. A única coisa que quero agora é ficar sozinha e chorar. Mal consigo pensar em como vou absorver todas as informações dessa noite, a dor que sinto é sufocante. Agora eu sei o que Papai, e Mamãe, pensam de mim. Uma desleixado sem jeito, e por culpa disso em menos de um mês serei esposa de um completo estranho.
SOFIASan Francisco...Uma semana depois que falei com Mamãe, nos mudamos para uma nova casa maior e mas espaçosa, com um jardim magnífico. Khaol, disse que séria melhor escolher uma casa de acordo com os nossos critérios, já que antiga casa que morávamos foi escolhida por Magot, que continua internada em seu estado vegetativo. Uma vez por mês os meninos se reúnem e vão visitá-la, o que considero um ato muito bonito da parte dos três. Apesar do mal que Magot, fez eles ainda querem vê-la, e ter certeza de que está tendo bons cuidados. O que não dúvido, já que estão gastando um bom dinheiro com sua recuperação. Mas ainda não sei se os meninos a perdoaram, falei com Angela, e Bellinda. Nos tornamos bastante próximas, e nos falamos constantemente. Elas também não sabem se eles perdoaram Margot, mas seja como for. Ela está recebendo bem mas do que deveria. A semana seguinte da mudança foi muito cansativa, eu mesma quis decidir a decoração e tudo mas. Escolher a escola de Lana, também não f
SOFIASão Francisco...Khaol, me empurra contra a parede. Seu corpo grande e músculo esmaga o meu, posso sentir toda a sua rigidez e seu pênis ereto na minha barriga. Sua boca devora a minha com fome e fervor, o desejo que sentimentos é avassalador. O ponto sensível entre minhas pernas pulsa constante, meu sexo está quente, eu poderia até mesmo dizer que está fervendo. Estou completamente excitada, e cega pela luxúria. Mio quando seus lábios se afasta dos meus, sua língua morna e úmida traça um caminho de calor até minha cravicula. Ele chupa minha pele com força, tenho certeza que ficará marcada, mas não me importo. Quero que todos saibam que pertenço a Khaol, da mesma forma que ele me pertence. mordo meu lábio inferior, impedindo um gemido de prazer escapar. A lembrança de que as crianças estão no quarto ao lado me vêem a mente, preciso me conter. Afundo minhas mãos no mar castanho escuro das mechas do seu cabelo, desço meu olhar. Seus olhos escuros são idênticos as de um animal selv
SOFIANova Orleans...Thamur, também era casado e tinha filhos. Uma menina que já era adolescente, e um garotinho que nasceu há alguns meses. Mas infelizmente sua esposa não pode vir, como seu filho nasceu a pouco tempo, ambos acharam melhor que ele ficasse com sua esposa em casa. Quando voltamos para o quarto onde Khaol, está o mesmo ficou instantâneamente feliz ao vêr os filhos, as crianças foram rapidamente correndo em direção a ele. Lana, não queria mas soltar Khaol, e o mesmo poderia dizer de Joaquim. As crianças se deram muito bem com Thamur, e rapidamente começaram a chamá-lo de Tio. A ligação que Khaol, tem com os filhos é muito lindo, quero poder ser o porto seguro para as crianças também. Mas primeiro precisamos cuidar de tudo, e ter a guarda das crianças.- Papi, até quando você vai ficar aqui?- não por muito tempo, eu prometo.Lana, bate palmas feliz sentada na borda da cama hospitalar de Khaol. Joaquim, brinca com sua barba sentado do outro lado da cama. Vêr essa cena aq
SOFIANova Orleans...A tensão no ar era notável, o clima no quarto hospitalar era pesado, quase irrespirável. O silêncio era absoluto, até mesmo ensurdecedor. Khaol, estava tenso, e noto que até mesmo um pouco nervoso. Eu não sabia o que dizer ou fazer, a única coisa que vinha na minha mente nesse momento, era uma voz suave dizendo que a culpa era minha. A presença de Magot, aqui é desagradável. Eu trouxe ela até nós, fui a causadora dessa tragédia. Maldita hora que não dei ouvidos a Tony, como não pude perceber que isso séria um erro. Certamente não foi uma boa idéia, e lamento ter pensado que Magot, poderia trazer algum sentimento bom para Khaol. Ambos não se dão bem, mas estava tão imersa pela emoção que fiz um julgamento errado. Alterno meu peso de uma perna para outra, Magot, continua imparcial parada na soleira da porta. Seu olhar é frio e sem vida. Magot, é uma mulher sem alma e sentimentos. Meu olhar vacila em direção a Valentin, sou pega de surpresa ao vêr o quão pálido ele
SOFIANova Orleans...— quer alguma coisa? Eu posso ir na cantina e pegar algo pra você comer.Eu simplesmente não consigo parar de paparicar Khaol. Desde que ele acordou tenho estado ao seu lado, cuidando como se fosse um bebê recém-nascido. O que não está muito longe da verdade. Khaol, nasceu outra vez, ganhou uma nova chance de viver. Fiz uma promessa a mim mesma de que não vou deixar ele perder essa nova oportunidade. Khaol, tem que viver e vou garantir que seja por muitos anos.— não preciso de nada quando tenho você, meu doce.Suas palavras são ainda mas carinhosas que seus gestos, que atualmente estão parcialmente limitado. Mas sua mão continua segurando firme a mim, ele não soltou um único segundo se quer. E também não tenho a mínima vontade de deixar ele ir. Khaol, é o meu tudo. Não podemos mas viver separados. Com ternura beijo as costas da sua mão, seus lábios carnudos se alargam em um sorriso espontâneo. O mar negro dos seus olhos brilham fixos aos meus, é evidente o desej
SOFIANova Orleans...Vêr como Khaol, estava frágil partia meu coração. Sua respiração está lenta, fraca. Quase imperceptível, mas ele continua respirando. Fiquei checando isso a cada cinco minutos durante a noite, mesmo com os aparelhos ligados a ele, e o monitor cardíaco, ainda sim colocava levemente minha cabeça sobre seu peito, para poder ouvir por mim mesma os batimentos do seu coração. Sempre que ouvia me sentia aliviada, saber que Khaol, está vivo é o único alívio que sinto no momento. Contínuo segurando sua mão, que antes era tão quente agora está um pouco fria. Khaol, não é mas o mesmo homem de algumas semanas atrás, não só fisicamente mas também por dentro. Mesmo dormindo consigo vêr o quanto está abatido, suas olheiras são bem evidentes. Sua barba está grande, assim como seu cabelo. E ele está mas magro, muito mas. Sei que Khaol, é um homem vaidoso, mas agora está desleixado. Não consigo deixar de me culpar por essa mudança, eu fiz isso com ele. Desço meu olhar do seu rosto
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