As horas passavam e minha impotência só aumentava. Também a raiva. Não tinha a mínima ideia de onde estava minha filha, e pra piorar, eu nem um mísero real tinha pra pagar um maldito advogado decente. A frustração me dominava por completo.
— Assim não vou resolver nada — falei pra mim mesma —, definitivamente preciso encarar esse canalha.
Peguei minha jaqueta e saí decidida em direção à mansão daquele mentiroso. Mas antes que alcançasse a porta, mamá Rebeca me deteve.
— Ángela Mendoza! — ela gritou, segurando meu braço — Pra onde você pensa que vai assim, tão alterada? Filha, espera...
Não deixei que terminasse. Naquele momento, nem o sol me esquentava.
— Esperar o quê, Rebeca? Que o Lombardi fique com minha filha pra sempre? Ou talvez enquanto eu fico aqui parada sem fazer nada, minha menina está quem sabe onde, assustada e cercada de estranhos? — Eu sei que elevei a voz, mas não era eu mesma. Simplesmente não podia ser.
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