O silêncio e a escuridão tomaram conta da mansão, dando ao lugar um ar sombrio. Gabrielle tirou o celular para ligar para sua irmã, mas, ao acender a tela, havia uma mensagem dela dizendo que iria ao povoado — papai pediu que fosse visitá-lo. Perguntou-se por que ele sempre chamava sua irmã e nunca a procurava, ao menos.
Ela percorria o lugar e, de fato, parecia estar sozinha. Ou pelo menos é o que pensava até ouvir uns barulhos vindo do escritório. Foi até lá e viu Helios sentado. Sua camisa estava meio aberta, a gravata desamarrada, as bochechas levemente coradas — sinais claros de que já bebira há algum tempo.
— Já te vi, curiosa — disse o loiro tomando um gole de uísque.
— Só estou acendendo as luzes, não é curiosidade — respondeu ela se defendendo, ajeitando-se — Se não precisar de nada, me retiro.
— Eu acho que você quer mesmo é terminar o que começou naquela noite, Gabrielle.
— Você é um patife — disse ela, irritada. *"Qu