Capítulo 112

O caminho de volta a Arkhadia parecia mais longo do que na ida. O silêncio entre os membros da comitiva não era de exaustão, mas de cautela. Cada passo ecoava como um presságio, e até os animais da floresta pareciam ter recuado para dentro das sombras.

Clarice vinha à frente, a lâmina ancestral presa às costas — viva, pulsando com inquietação. O selo do Fôlego Ardente ainda vibrava em seu peito, e com ele, uma nova sensação: como se houvesse olhos onde não devia haver. Olhos escondidos sob peles conhecidas.

Ares seguia ao lado dela, em silêncio, os dedos enluvados sempre próximos do cabo da espada. Desde que a Deusa falara com Clarice no acampamento, algo mudara entre eles. Uma urgência que não vinha da paixão, mas da sobrevivência compartilhada.

Kaelen e Nara traziam Atrim, desacordado, entre eles. A cada hora que passava, sua expressão tornava-se mais pálida, mas a fumaça escura que saía de suas narinas havia cessado. Mesmo assim, Clarice não confiava em deixá-lo sem proteção. Vel F
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