A névoa se tornara mais espessa conforme avançavam pela trilha que levava à encosta norte. A floresta parecia viva — não com o frescor de natureza ancestral, mas com a respiração contida de algo que observava em silêncio.
Clarice liderava a patrulha principal ao lado de Ares. Atrás deles, uma formação de cinco guerreiros de elite — todos em silêncio, com runas ativadas nos braceletes e marcas lunares pintadas sobre os olhos. O objetivo era claro: chegar à bifurcação que levava à cratera e selar o caminho antes que o ritual começasse.
Está tudo quieto demais, Lyanna.
Demais para uma floresta que sangrou ontem.
Demais até para os mortos. — a loba respondeu, com a voz rouca de pressentimento.
— Há algo à frente. — Clarice murmurou, erguendo o punho.
Ares parou ao lado dela. O cheiro no ar mudara — madeira queimada, terra revirada, um leve traço de prata corroída. Algo havia passado por ali recentemente... e não eram lobos.
Ela se abaixou, examinando o solo com os dedos. Os rastros eram f