O brilho prateado na palma de Clarice iluminava a escuridão como se a própria lua tivesse descido para observar. Ares mantinha os olhos fixos nela, imóvel, embora Grendor rugisse dentro de seu peito com um instinto protetor quase incontrolável.
Ela está reagindo... como se a pedra a reconhecesse como sua filha perdida. — sussurrou Lyanna dentro dela, com uma reverência quase temerosa.
Idran se ajoelhou diante da Pedra Velada, o corpo curvado pela idade e pela responsabilidade. O ar ao redor do círculo sagrado parecia vibrar como cordas de um instrumento ancestral, cada nota carregando lembranças que não pertenciam mais a este tempo.
— Clarice... — Idran disse em voz baixa, quase como um sussurro entre as eras — se responder ao chamado da pedra, ela pode mostrar o que nunca deveria ter sido revelado.
— Eu sei. — respondeu ela, firme. — Mas se esse passado contiver a chave para impedir o despertar da Mãe Fendida, então não podemos temê-lo.
Ela estendeu a outra mão sobre o altar de pedra