Helena acordou com o sol já alto batendo nas cortinas brancas. O braço de Adrian ainda estava jogado sobre a cintura dela, pesado, quente, protetor. Ela sorriu sem abrir os olhos, virando o rosto para o travesseiro dele. O cheiro de Adrian — sabonete, pele, sexo da noite anterior — ainda estava ali.
— Bom dia, minha deusa. — Adrian falou com a voz preguiçosa, ainda sem abrir os olhos.
— Bom dia, meu médico favorito.
Adrian abriu os olhos, encontrou Helena sorrindo, como se soubesse que sua fala faria ele abrir os olhos.
— Eu sou seu único médico e tenho mesmo que ser o favorito.
Ele a puxou para mais perto, deu vários beijos em seu pescoço, fazendo ela sorrir. Adrian se afastou e olhou sério para ela.
— Conseguiu dormir bem e descansar?
— Estou bem. Só de saber que a Isabelle dormiu na cadeia, já me fez dormir melhor.
Helena respondeu e se virou, olhando as horas no celular.
— Preciso ir para casa. Mesmo sabendo que estou bem, meu pai não vai descansar enquanto não me ver pessoalmente