Helena saiu da delegacia de braço dado com Adrian, o ar frio da madrugada batendo no rosto, fazendo ela se lembrar de que tudo foi real. A imprensa ainda gritava atrás do portão, flashes explodindo, mas os seguranças abriram caminho e, em segundos, eles estavam dentro do carro. Portas fechadas. Silêncio.
Ela encostou a cabeça no vidro, os olhos fechados. Ainda sentia o cheiro de pólvora no ar, o sangue do sequestrador respingado no vestido. Adrian segurou a mão dela.
— Vamos para o hotel. Você precisa de um banho quente e de mim — disse, voz baixa, carinhosa.
Ela só assentiu.
Chegaram em silêncio. No elevador, Helena se encostou nele, o corpo pesado de adrenalina que começava a baixar. Adrian beijava a testa dela de vez em quando, como quem diz, eu estou aqui.
Quando a porta do quarto se fechou, ele não deu tempo para ela pensar. Foi direto para o banheiro, abriu a torneira da banheira, jogou sais de lavanda, acendeu as velas que sempre deixava ali. Voltou, encontrou Helena parada no