Paloma ficou sem reação. O mundo pareceu girar e, por um instante, ela não soube se tinha ouvido direito. Casamento. Família. Dito daquela maneira fria, calculada, sem um traço de amor. O choque deixou sua mente entorpecida.
— Não… — a palavra escapou, trêmula, mas firme. — Eu não aceito isso.
César arqueou as sobrancelhas, inclinando a cabeça, como se estudasse uma criança teimosa.
— Não aceita? — repetiu, com sarcasmo. — Você acha mesmo que tem opção, Paloma?
Ela respirou fundo, a raiva começando a tomar o lugar do medo.
— Tenho, sim. Prefiro criar meu filho sozinha do que viver ao lado de um homem que fala comigo desse jeito.
Ele soltou uma risada curta, quase cruel.
— Vai criar sozinha? — a voz grave ecoou na sala. — Você não tem onde cair morta, Paloma. Seus pais? Estão pouco se lixando para você. Não te ajudaram até agora, não vão ajudar quando tiver uma criança nos braços.
Ela sentiu as lágrimas ameaçando transbordar, mas manteve o queixo erguido.
— Eu vou conseguir. — Disse co