Leliana não disfarçou a impaciência, cruzando os braços com um estalo seco.
— E César, está em casa? Vi o carro dele lá fora.
— Não, ele foi para o escritório e levou o jipe. — respondeu Paloma, com naturalidade.
— Vou ligar para ele e avisar que chegamos. — disse a senhora mais velha, já caminhando para dentro, o vestido farfalhando. — Ele não estava nos esperando tão cedo.
Quando Bela se afastou, Leliana se inclinou levemente para Paloma e deixou escapar, com um sorriso frio:
— Obviamente, não nos esperava.
Ah, caramba!
O sangue de Paloma ferveu nas têmporas.
Não precisava de mais nada: Leliana não acreditara em uma única palavra de suas explicações. E se César realmente tivesse a intenção de se casar com ela, aquela visita inesperada só servia para atrapalhar tudo e, pior, colocar Paloma como alvo da fúria da noiva.
“Mas eu não criei essa situação desastrosa!”, gritou para si mesma em silêncio. César podia acreditar o que quisesse, mas ela não tinha culpa. Ainda assim, se Leliana