Abriu os olhos preguiçosamente, sentindo o corpo pesado, e só então lembrou de onde estava. O quarto. A noite anterior. César.
Virou o rosto para a janela: o sol já se erguera alto no céu, a claridade intensa indicava que devia passar das oito da manhã.
Levantou-se depressa, correu ao banheiro, lavou o rosto com água fria e tentou alisar com as mãos os vincos da blusa. Dormira com a mesma roupa do jantar, a mesma que agora parecia amarrotada e sem graça. Suspirou. Que figura...
Sob a luz clara do dia, notou melhor os detalhes do quarto que à noite não percebera. E foi então que reparou numa porta lateral. Não se lembrava dela. Aproximou-se devagar, quase receosa, e girou a maçaneta.
A porta se abriu sem resistência. Era uma porta de comunicação, levando a outro quarto. O ar ali ainda tinha o perfume discreto da colônia masculina que ela já aprendera a associar a César. Os lençóis da cama estavam revoltos, denunciando que alguém dormira ali.
— Ele podia ter entrado aqui, se q